HotelLisboa

O porteiro do estabelecimento, Semion, acendera todas as lâmpadas das paredes e o lustre, assim como o candeeiro vermelho em cima da entrada. (Aleksandr Kuprin)




Das ruas de Paris...


E-mail this post



Remember me (?)



All personal information that you provide here will be governed by the Privacy Policy of Blogger.com. More...



A turbolência que se nos tem apresentado nos útimos meses vinda de França merece alguns comentários. Ela ataca igualmente centro e periferia, trabalhadores e estudantes, intelectuais e a xungaria, indígenas e imigrantes. Não deixa, no entanto, de ser profundamente revelador o tratamento dúplice que é concedido aos diversos grupos. Toda a polémica com o CPE só rebentou no momento em que os estudantes também se compreenderam enquanto destinatários da medida, com solidariedade imediata dos sindicatos e da própria imprensa. A violência tem aqui uma legitimidade, é racionalmente enquadrada. É um mecanismo de resistência a uma lei potencialmente inconstitucional e, mais do isso, representativa do liberalismo mais selvagem. Um ataque aos direitos adquiridos. Recordemos que o CPE era parte do pacote de medidas que iriam "facilitar" a inserção laboral dos jovens dos subúrbios. Enquanto foram só estes os destinatários da medida ninguém se estrilhou. Nem uma palavra dos estudantes e muito menos dos sindicatos. E quando os subúrbios se estrilharam porque dois jovens terão morrido electrocutados devido a assédio policial, um cenário que sem grande esforço, ou pelo menos com algum auxílio do cinema, poderemos imaginar repetido milhares de vezes por dia em milhares de subúrbios, os direitos constitucionais não foram mencionados. A revolta foi então sintoma de mal-estar, deficiências de socialização e problemas de integração, protestos irracionais e por aí fora. O CPE um mecanismo de potencial inserção profissional...



    António Vicente

Entradas anteriores

Arquivo

Blogues

Sí­tios


ATOM 0.3