HotelLisboa

O porteiro do estabelecimento, Semion, acendera todas as lâmpadas das paredes e o lustre, assim como o candeeiro vermelho em cima da entrada. (Aleksandr Kuprin)




Novas burgessias urbanas


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O Púbico de hoje traz uma reportagem sobre o desenvolvimento do sector gourmet em Portugal. Não querendo à partida demolir todos os bens gourmetizados, e na certeza de que haverá alguns que serão certamente exquisitos, não posso deixar de recordar uma visita vespertina àquela loja gourmet ao pé do lux. Para além de uma garrafa de água de vidro de 0,75cl de marca TAU, e etiqueta estilo Calvin Klein, que custava cerca de três euros vi também um frasco que me era familiar, apesar de ser um tipo mais virado para a mini-preta: uns boiões de pickles acarilados que o pessoal come cá em casa. Entre o prazer de ver reconhecido como gourmet o que mesmo lá em casa é tido como declaradamente xunga, tipo pickles, como já tinha dito, não pude deixar de sentir algum orgulho étnico. Por dois motivos. Em primeiro lugar, era reconhecida a excelência de um produto da minha terra. Em segundo porque apesar de monhé, descobri que não era burgesso. Aqueles boiões que ali se encontravam à venda por 3.15 euros são vendidos na Mouraria por 0.75 euros. Mas isso é só para os artistas freaks.



    António Vicente

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