HotelLisboa

O porteiro do estabelecimento, Semion, acendera todas as lâmpadas das paredes e o lustre, assim como o candeeiro vermelho em cima da entrada. (Aleksandr Kuprin)




E as pilas dos pretos, então, nem vos conto


Intragável o editorial de José Manuel Fernandes hoje no Público. Depois de se ter sedimentado a substituição da ideia de raça pela de cultura no discurso do senso comum dá-se agora o passo seguinte, no sentido de justificar as desigualdades sociais, e portanto culturais, a partir da genética. O círculo fecha-se, utilizando-se mais uma vez o argumento da liberdade (contra a racionalidade?) para se investigar o que bem se entende O que vale é que estas coisas não são de levar muito a sério. não é? Especialmente quando ditas por portugueses, que não percebem um boi de ciência. E como o próprio director do Público afirma, existe a possibilidade de os orientais serem mais inteligentes que os caucasianos. Portanto, mais vale confiarem em mim, que sou esperto comó caralho, do que no director do Público.


Do particularismo e da privatização


Para retirar direitos sociais, acabar com serviços públicos ou atacar interesses sectoriais o argumento do governo é sempre o mesmo: "atacamos privilégios particulares para garantir o bem-estar geral". Pena que o combate aos particularismos acabe sempre na privatização de bens públicos e na precarização de direitos sociais. Mas mais triste ainda é as forças de esquerda não fazerem a mínima ideia de como combater o raciocínio primário do Governo. A prova disso é a forma como vão chafurdando no vazio do não acontecimento que é a questão do pagamento de uma só vez ou de forma faseada dos retroactivos respeitantes ao aumento das pensões.



    António Vicente

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