Thakrar, segunda-feira, janeiro 14, 2008
Intragável o editorial de José Manuel Fernandes hoje no Público. Depois de se ter sedimentado a substituição da ideia de raça pela de cultura no discurso do senso comum dá-se agora o passo seguinte, no sentido de justificar as desigualdades sociais, e portanto culturais, a partir da genética. O círculo fecha-se, utilizando-se mais uma vez o argumento da liberdade (contra a racionalidade?) para se investigar o que bem se entende O que vale é que estas coisas não são de levar muito a sério. não é? Especialmente quando ditas por portugueses, que não percebem um boi de ciência. E como o próprio director do Público afirma, existe a possibilidade de os orientais serem mais inteligentes que os caucasianos. Portanto, mais vale confiarem em mim, que sou esperto comó caralho, do que no director do Público.
Thakrar, quarta-feira, janeiro 09, 2008
Para retirar direitos sociais, acabar com serviços públicos ou atacar interesses sectoriais o argumento do governo é sempre o mesmo: "atacamos privilégios particulares para garantir o bem-estar geral". Pena que o combate aos particularismos acabe sempre na privatização de bens públicos e na precarização de direitos sociais. Mas mais triste ainda é as forças de esquerda não fazerem a mínima ideia de como combater o raciocínio primário do Governo. A prova disso é a forma como vão chafurdando no vazio do não acontecimento que é a questão do pagamento de uma só vez ou de forma faseada dos retroactivos respeitantes ao aumento das pensões.
nuno, domingo, dezembro 30, 2007
Menezes acha intolerável que o novo presidente do BCP venha da Caixa Geral de Depósitos e pertença, como o adjunto Vara, ao PS. Mas acha perfeitamente normal que o presidente da Caixa deva ser escolhido, em rotatividadae, entre os dois maiores partidos. Faria de Oliveira claro, foi escolhido pela sua "experiência" e "competência".
nuno
José Miguel Júdice citou a Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo de Weber para analisar a falta de ética na gestão do BCP. Segundo Júdice, Weber já dizia que a ética era fundamental para o capitalismo moderno. Então e ler o livrinho, ó Júdice? Ou pelo menos a entrada na wikipédia.
nuno, domingo, dezembro 23, 2007
Não querendo ser demasiado evolucionista, não será a Assembleia Geral do BCP uma espécie de upgrade do gangue da Ribeira, uma sofisticação mais subtil e eufemizada das formas de sacar massa ao pessoal?
nuno
Utilizando a arma da racionalidade numérica, Luís Filipe Menezes, já não sei bem se pela direita se pela esquerda, entrou de rompante no debate sobre o estado: em seis meses, nem mais nem menos um dia, o homem prometeu dar cabo do aparelho estatal para devolver a iniciativa à sociedade civil. Anda tudo a gozar, mas, no fundo, trata-se de uma revolução coperniciana que altera os termos do debate. Já não se trata de discutir e mandar umas bocas. O cálculo, o número, enfim, a modernidade, chegaram à discussão. E tu, em quanto tempo é que consegues dar cabo do estado?
Thakrar, quarta-feira, dezembro 19, 2007
Se já era esperado que Ronaldo não fosse eleito o melhor jogador do Mundo quase ninguém estava à espera que ficasse em terceiro, atrás de um Messi que passou metade do ano lesionado. Para além do esperado brado de indignação que se apoderou dos jornalistas desportivos indígenas não deixa de ser surpreendente a estupefacção dos jornalistas pelo facto de o seleccionador Angolano nem sequer ter colocado o jogador português entre as suas três escolhas, que foram para Drogba, Kaká e Riquelme. É preciso terem lata. Ainda os colonizamos e os gajos, já não chegava quererem assinar um acordo ortográfico cheio de modernices modernices, recusam-se a votar num tuga para melhor do mundo.