HotelLisboa

O porteiro do estabelecimento, Semion, acendera todas as lâmpadas das paredes e o lustre, assim como o candeeiro vermelho em cima da entrada. (Aleksandr Kuprin)




Lusofonia II


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Centro Cultural portugues em Maputo. Penúltimo filme de um ciclo de cinema nacional, anunciado no jornal de maior circulação. Depois de Tentação e Zona J, as Recordações da Casa Amarela do César Monteiro. Lá fui eu para um raro momento cultural. Eramos quatro, eu mais um brasileiro, um indiano e um moçambicano, perdoem-me a identificação nacionalizada. O ecra era uma tela daquelas em que se utiliza o power point, que recebia as imagens de um projector. Sala espaçosa e umas dez cadeiras. A expectativa da organização nao era alta. Com razão. O verde que o projector atirava para o ecra era um mau pronúncio. Confirmou-se. No filme, não era apenas a Casa que era amarela, tudo estava amarelo esverdeado. Estivessem alguns formalistas presentes e o sangue ja teria jorrado. O pior estava ainda para vir. Não se ouvia. Ou melhor, os graves estavam tao altos que as vozes se atropelavam. O filme começou. Eu olhava para o indiano, o indiano olhava para mim e o brasileiro foi-se embora. Deu para ver o João de Deus a falar por cima de um plano lindíssimo de Lisboa a partir de um barco que sulcava o Tejo. Deu para ver o João Deus seleccionando criteriosamente mais um pelo púbico para a sua colecção. Mas não deu para ver mais nada. Sai com o indiano, ficou o moçambicano. Disse-me o indiano no final: eles sabem que isto só funciona no franco-moçambicano, boa sala, bom som, vão pessoas e tudo. Fui para casa ver o Milão contra o Lyon.



    António Vicente

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