HotelLisboa

O porteiro do estabelecimento, Semion, acendera todas as lâmpadas das paredes e o lustre, assim como o candeeiro vermelho em cima da entrada. (Aleksandr Kuprin)




Na hora da caminha


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José Sócrates, informa-nos hoje, através dos meios de comunicação social, que não tem medo de manifestações. É mais do que natural, as manifestações não existem para meter medo a ninguém, pelo menos a maior parte delas. Elas geralmente servem para reivindicar qualquer coisa ou para reabrir processos negociais paralisados. O que já não é tão natural é o discurso anti-democrático subjacente a esta representação do mundo. Esquecemo-nos com alguma facilidade do significado do uso recorrente de expressões como "medidas impopulares", ou de um "governo corajoso" por exemplo. O que o seu uso nos indicia é que os detentores dos cargos políticos podem fazer o que bem entendem sem nenhum tipo de respeito pelos que neles votaram. Pelo contrário, ainda se podem dar ao luxo de chamar irresponsável e ignorante ao eleitorado que, tal como a opinião pública, nós sabemos muito bem que não existe. A ideia de soberania popular esvai-se com toda a facilidade fora dos períodos eleitorais. Outro exemplo deste tipo de actuação é-nos oferecido, com alguma frequência aliás, pelo executivo de Rui Rio. Desta vez, a Câmara do Porto para além de ter apresentado uma queixa contra os ocupantes do Rivoli, com toda a legitimidade da Lei, resolveu também, para acelerar o processo, colocar o ar condicionado no máximo do frio, trancá-los e impedir qualquer tipo de abastecimento de víveres aos manifestantes.



    António Vicente

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