O Processo Civilizacional
Thakrar, segunda-feira, outubro 16, 2006 | Enviar por e-mail
Este fim-de-semana meteu uma rara ida À Discoteca. Atenção, não a uma discoteca qualquer, mas, repetimos, À Discoteca. Entre considerações diversas que poderiam ser feitas sobre a incursão existe uma evidência que evidentemente sobressai. Demora-se uma infinidade em qualquer um dos bares do estabelecimento, dado que os empregados se encontram num patamar a que nós comuns mortais não podemos aspirar, e portanto só fazem uma coisa de cada vez, ou melhor, só atendem um cliente de cada vez, mas com calma e à velocidade que mais lhes convém. Qualquer pessoa que já tenha frequentado qualquer outro estabelecimento de diversão nocturna pode facilmente desenvolver um estudo comprativo sobre ritmos de trabalho e presunção dos funcionários de cada um dos estabelecimentos analisados, e poderá aí constatar a absoluta superioridade destes de que falamos. O pior é que a selecta clientela conforma-se com o facto, já que qualquer atitude de matriz mais interveinete na busca de um néctar se vira imediatamente contra o sedento futuro dançarino, que então não tem outra solução se não aguardar pacientemente pela sua vez, peranto o desprezo dos funcionários da casa. Claro que quando a loja fecha todo este manto de civilidade se esvai e podmos então observar como os sofisticados aguardantes se tornam nas mais perigosas feras incapazes de se organizarem numa fila para o táxi. De volta ao mundo real,impera a lei da selva.