HotelLisboa

O porteiro do estabelecimento, Semion, acendera todas as lâmpadas das paredes e o lustre, assim como o candeeiro vermelho em cima da entrada. (Aleksandr Kuprin)




A ciência económica


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Volta e meia apanhamos com notícias que nos dizem a economia está a crescer e que vamos entrar num ciclo positivo e que isso vai ser fixe para toda a gente. Se a semana estiver mesmo a ser uma merda, em trmos políticos, por exemplo, é bastante plausível que o noticiário nos informe que a economia do país vais crescer mais do que o previsto pelo Governo, de acordo com as novas previsões de uma qualquer entidade internacional altamanente fiável. Logo a seguir apanhamos com notícias de um acordo histórico sobre o salário minímo, que nos faz crer que as contrapartidas oferecidas pelos sindicatos a troco de aumentos miseráveis, mas que nos são apresentados como estonteantes, são minímas, quando de facto são trágicas. Mas a parte que eu mais gosto no ciclo noticioso económico é a parte do aumento das taxas de juro.
Quando a economia em vez de crescer a 1,8% ao ano passa a crescer a 2,1% lá bem o Banco Central Europeu ou a Reserva Federal, ou o caralho que os foda, a anunciar um aumento nas taxas de juro, para a economia não entrar em sobreaquecimento.
O que é porreiro porque num país como Portugal em que não existe um mercado de arrendamento e quase toda a gente, mesmo que a contragosto, se vê obrigada a contrair empréstimos bancários para comprar casas vê todos os seus alucinantes ganhos mensais de dez ou quinze euros mensais a serem insuficientes para fazer face ao aumento dos spreads e das taxas de juro.
Curto bué a economia, man!



    António Vicente

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