HotelLisboa

O porteiro do estabelecimento, Semion, acendera todas as lâmpadas das paredes e o lustre, assim como o candeeiro vermelho em cima da entrada. (Aleksandr Kuprin)




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Por um preço simpático estou disponível para ser consultor dos partidos de esquerda portugueses, e em particular de uma certa esquerda de classe média urbana e sofisticada. Desde que me avisem sobre o que vão falar eu prometo que não vos deixo dizer alarvidades nojentas. Podem mandar os mails.
Vem isto a propósito dos comentários que os comentários do Marcelo mereceram. A maior parte desde pessoal de esquerda não atacou o argumento. Veio dizer que o que Marcelo quer é instalar a confusão nas cabecinhas dos simples que são os portugueses. É evidente que neste momento já há para aí três milhões de pessoas que à conta das declarações de Marcelo já não sabem o que hão-de fazer. Mas ainda bem que o pessoal de esquerda não se deixa confundir e está cá sempre para nos avisar quando alguém nos tenta confundir. É o chamado poder do texto. O Ser popular, não como em processo mas na onda ontológica, se repararem bem tem maiúscula, é uma folha em branco onde qualquer imbecil pode escrever. Se lhes derem o Mein Kampf a ler eles viram nazis. Se lhes derem o pequeno livro vermelho eles viram comunas. Não quero parecer assim muito estruturalista e determinista, mas estes badamecos (os da esquerda) podiam ir para o Norte confundir as pessoas que não as iam convencer de coisa nenhuma, como aliás se viu durante o PREC. Os partidos de direita nem sequer precisam de fazer grande campanha no interior Norte, por exemplo, porque o pequeno proprietário, etc., já sabe em quem é que vai votar, do mesmo modo que o trabalhador no Alentejo também, tendencialmente, tem uma orientação bem definida. Existem razões estruturais para o voto, ou de modo mais lato, para as escolhas políticas que estão muito para além de voluntarismos urbanitas. Mas não, a boa esquerda, sempre na vanguarda, continua a julgar que atrasados mentais são os eleitores, passíveis de serem convencidos por qualquer populista ignorante. É pena que ela, a boa esquerda, não tenha o mesmo poder. Mas já sabemos a resposta, não é? Os nossos argumentos são racionais e complexos e é mais difícil entrarem naquelas cabeças duras de campónio.



    António Vicente

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