HotelLisboa

O porteiro do estabelecimento, Semion, acendera todas as lâmpadas das paredes e o lustre, assim como o candeeiro vermelho em cima da entrada. (Aleksandr Kuprin)




Wagner e o Holocausto


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A malta das bivariadas volta a atacar. Aliás não pára de atacar à décadas. Depois do ranking das escolas voltamos agora aos pânicos morais associados a diversas formas subculturais. Quando falamos de pretos geralmente culpa-se o hip-hop. Quando é de brancos que se trata o bode expiatório é geralmente o metal. Vem isto a propósito do recente massacre numa escola finlandesa que motivou mais uma vez uma série de debates sobre a influência das bandas de metal, como sucedeu igualmente no caso de Columbine, no despoletar de comportamentos tidos como anti-sociais. A ideia é simples. Adolescentes impressionáveis consomem produtos culturais que os levam a fazer coisas más. O mesmo argumento aliás que é utilizado para explicar o populismo, a influência mediáticas nos processos políticos e uma série de problemas sociais: consumo de drogas, gravidez adolescente, Avelino Ferreira Torres etc, etc, etc. O mais curioso é que este tipo de relação directa entre consumos culturais e comporamento anti-social, para além de todas as falácias e imbecilidades que se podem apontar a este tipo de sistemas de pensamento, parte de dois pressupostos bastante simples de identificar. Por um lado são apenas os bens culturais associados de forma mais ou mesmo próximas á cultura popular os responsáveis por desvios comportamentais. Por outro lado essa influência apenas se exerce sobre grupos os grupos subordinados: donas de casa que liam romances eróticos nos anos cinquenta, pretos do gueto que ouvem hip-hop, jovens de classe operária que frequentam concertos de metal, adeptos de futebol, etc, etc, etc. Ninguém quer saber que som é que o Gerge Bush curte ou mas malhas que o Pinochet bombava. Isto para não falar no senhor do bigodinho.



    António Vicente

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