HotelLisboa

O porteiro do estabelecimento, Semion, acendera todas as lâmpadas das paredes e o lustre, assim como o candeeiro vermelho em cima da entrada. (Aleksandr Kuprin)




Considerou também que não eram "um gangue", antes rapazes que se "juntaram de forma infeliz e episodicamente".


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A sentença do caso Gisberta é exemplar relativamente aos quatros interpretativos que norteiam a "comunidade". Um bando de putos torturou durante sei lá quantas semanas um trabeca carocho e sidoso. Espetaram-lhe com paus pelo cu acima, devem ter queimado a mana com cigarros e feito sei lá mais que merdas. As penas andam à volta do ano em regime semi-aberto. Foram utilizados sociólogos e psicológos para legitimar e mitigar as sentenças. Quadros familiares desestruturados, abandono, ausência de modelos de autoridade, permanência em instituições e mais o caralho. À partida nada contra. A malta joga mais na equipa na indulgência compreensiva do que na da denúncia indignada. Os putos andaram a ser enrabados por padres depois de abandonados pela familía e dá nestas merdas.
O chato nesta merda é o que ela nos indica sobre o crime e o castigo. Se a vítima são brancos de classe média, tá tudo fodido; principalmente se os criminosos forem pretos das barracas. A idade e as condições sociais de origem não funcionam aqui como atenuantes. É vê-los a pedirem o abaixamento dos limites de idade de responsabilidade criminal, em exaltadas denúncias de gangs organizados que atterorizam as nossas cidades e que conspiram aos quinhentos de cada vez para foder um belo dia de praia no Dia da Raça ao tuga. A esquerda por seu lado também não se safa do nojo. A malta que geralmente é indulgente em relação aos crimes dos pretos das barracas desta vez veio pedir o sangue e a cadeira eléctrica para putos de 13 e 14 anos. A coerência é muito bonita. O mais engraçado é que sendo os pretos normalmente vistos como deficientes em racionalidade, se o benchmark da coisa forem os brancos, ou outros quaisquer, quando toca ao crime são o Maquiavel em pessoa, ficando apenas atrás dos ciganos nesse aspecto. Agora se a vítima é uma trabeca drogada e sidosa e os criminosos uns meninos de uma instituição católica a pressão de grupo é desculpa e faz-se um esforço não só para entender e justificar as práticas de tortura gratuita como "brincadeiras de mau gosto" como trabalhar para garantir aos jovens um real oportunidade de inserção social e mais o caralho. "Eles até lhe levavam comida, depois por um motivo qualquer as coisas começaram a correr mal". É a vida. Habituem-se.
Pedimos desculpa pela interrupção. As férias seguem dentro de momentos.



    António Vicente

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