HotelLisboa

O porteiro do estabelecimento, Semion, acendera todas as lâmpadas das paredes e o lustre, assim como o candeeiro vermelho em cima da entrada. (Aleksandr Kuprin)




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Estabelecimentos de ensino Manuel Bernardes e Mira Rio
Dois colégios privados de Lisboa lideram tabela das melhores médias nos exames


Uma leitura mais atenta da notícia permitirá ao leitor perceber que o número de alunos que cada escola levou a exame ou a divisão urbano/rural são factores esplicativos muito mais importantes nas notas médias de cada escola do que o eixo público/privado. Porém o Púbico foca a atenção no facto de dois colégios privados ocuparem os primeiros lugares do ranking, apesar de por vias tortuosas a notícia nos informar de que:

- Este ano há mais escolas públicas nos primeiros 20 lugares do ranking: oito (em 2005 eram cinco).

-Mas as diferenças que separam um e outro subsistema não são tão significativas quanto possa parecer numa primeira leitura. Basta ver que entre o Colégio Manuel Bernardes e a primeira escola secundária pública do ensino regular a aparecer no ranking – a secundária Aurélia de Sousa, no Porto, na 11.ª posição – há uma diferença de apenas 0,57 valores na média. Sendo que o colégio fez 194 exames na 1.ª fase nas oito disciplinas previamente seleccionadas pelo PÚBLICO e obteve a média mais alta – 13,56 valores. E a escola do Porto responde pelo desempenho dos alunos internos em mais do dobro das provas (445).

-Aliás, o número de estudantes que realizaram exame é um dos factores mais importantes para interpretar esta listagem das 587 secundárias de Portugal continental e ilhas, que nada mais leva em consideração do que as notas obtidas. No caso do Mira Rio, por exemplo, a escola exclusivamente frequentada por raparigas responde pelos resultados em apenas 26 provas de seis das disciplinas tidas em conta.

e por aí fora. O que nos leva a reflectirs obre as motivações que poderão estar subjacentes à escolha do título da notícia. Será ignorância? Má fé? Sensacionalismo? Provavelmente é mesmo só capaz de ser o Super-Homem...



    António Vicente

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