Pacheco Pereira não é alguém que nos mereça grande estima. Já aqui o citámos a propósito de debate à portuguesa, que o douto doutor julgava processar-se pelo ataque à contradição e não à posição. A questão é quando a contradição é ela mesma uma posição. Toda uma agenda ideológica. Depois de uns meses de converseta de merda sobre entidades ontológicas e princípios morais Jerónimo de Sousa ontem abriu não apenas o caminho como desferiu um dos maiores golpes na reacção. Vamos lá ver se a coisa pega. Dentro da pequena política, é evidente que não vamos ver alguns dos mais prominentes sectários da esquerda a pegarem nestes argumentos.
Aqui ficam eles:
"Onde estavam quando a reforma do Código do Trabalho promovida por Bagão Félix, ele próprio defensor do Não, veio reduzir a licença de maternidade e o carácter universal do abono? Não se ouviram os seus protestos", disse Jerónimo de Sousa...Acusou, por isso, os partidários do "Não" de "fazerem da União Europeia o seu modelo quando estão em causa os seus interesses, de serem do pelotão da frente quando se refere aos seus negócios, mas estarem no carro-vassoura no que respeita aos direitos das mulheres e dos trabalhadores".