Os soldados americanos mortos no Iraque são uma representação quase fiel da proporção das etnias no país. O soldado americano morto tipo é branco e provém maioritariamente dos estados do Texas e da Califórnia. A informação, reproduzida pelos jornais, é interessante, em especial porque o contingente de mortes de soldados negros costuma ser maior, o que pede uma análise sobre a lógica do mercado de recrutamento. O que a análise não diz é que os mortos devem ser quase todos poucos escolarizados, desempregados, filhos de operários, de trabalhadores não qualificados e de desempregados, que olham para o exército como uma escapatória. Já ouviram falar em classes? Claro que no meio disto haverá o grupo dos maníacos patriotas, normalmente vindos de classes médias e médias baixas e que morrem com prazer pela ordem americana.