HotelLisboa

O porteiro do estabelecimento, Semion, acendera todas as lâmpadas das paredes e o lustre, assim como o candeeiro vermelho em cima da entrada. (Aleksandr Kuprin)




Há mar e mar


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O novo Público é de facto uma lástima. Desde a infantilização dos leitores, veja-se a inerrabilidade do título Ípsilon, até à aposta na imagem, numa estratégia que se coaduna perfeitamente, até no modo como é operacionalizada, com a tentativa de captar novas audiências, que os autores dos estudos de mercado que antecederam esta reformulação, pensam mais em sintonia como uma cultura iminemtemente visual e pouco reflexiva, podemos observar um decréscimo na "qualidade" do jornal. E que dizer do segundo carderno diário, que parece isso mesmo, o saudoso "Caderno Diário" que era transmitido no segundo canal. Inenarrável é uma palavra bonita, e por isso não cansa com a repetição. Apesar de todos estes aspectos negativos, e são muitos, a fusão da secção "política" com a "sociedade", o que resulta na nova secção "Portugal" terá sido porventura a única boa decisão neste processo. É exactamente por ligar as questões sociais com as políticas num único espaço editorial que a nova secção pode contribuir para trazer para a discussão pública o modo como a política se articula com o quotidiano ou a sociedade civil, podendo ser útil inclusivamente para desreificar as fronteiras muitas vezes artificiais entre sociedade civil, ou sociedade, e o Estado no caso português. É evidente que tudo isto pode correr mal, e é natural que corra. Mas a ideia não me parece censurável. Quanto às apropriações e aproveitamente nacionalistas do título é certo que poderiam haver outras soluções, mas como jornal feito por portugueses, na sua maioria, para residentes em Portugal e tratando muitas vezes de questões que se passam nestes espaço que é Portugal, parece-me uma solução preguiçosa mas com algum sentido. Para mais assume uma posição simétrica à da secção "Mundo". O "Portugal" que temos é em todo o caso melhor do que o "Nacional" que tínhamos, esse sim um título verdadeiramente pernicioso, na medida em que apenas continha a política partidária, confundindo por essa via todas as possibilidades de intervenção política num espaço nacional com os aparelhos partidários.



    António Vicente

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