HotelLisboa

O porteiro do estabelecimento, Semion, acendera todas as lâmpadas das paredes e o lustre, assim como o candeeiro vermelho em cima da entrada. (Aleksandr Kuprin)




A juíza, o multiculturalismo e a nossa direita


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O caso de uma juíza que não deu o divórcio a uma mulher alemã, repito alemã, de origem marroquina, pelo facto de, de acordo com a juíza, o corão autorizar a violência sobre mulheres (resta saber o que é que o corão tem que ver com este caso e porque é que a juíza achou interessante averiguar a religião dos litigantes, ou se nem sequer o fez e terá desenvolvido automaticamente a associação marroquino-muçulmano) tem-nos sido apresentado pela nossa direita, com o grelo perfeitamente aos saltos, como o resultado das políticas multiculturalistas. Sendo estas amplamente discutíveís, desde logo pelo facto de ser discutível a delimitação de entidades culturais herméticas e autocontidas, que a própria direita defende, esta decisão não parece derivar de todo de uma concepção multicultural de esquerda, que também pode ser espancável. Digo isto por dois motivos. Uma juíza multicultarista de esquerda jamais recusaria o divórcio a uma tipa que é espancada pelo marido. Em segundo lugar a sentença reúne todos os ingredientes do racismo mais primário. Traduzindo: "Aí querem viver de acordo com as vossas tradições? Então tomem lá, seus mouros de merda". Um jogo de tudo ou nada em que o mais fraco perde sempre.



    António Vicente

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