HotelLisboa

O porteiro do estabelecimento, Semion, acendera todas as lâmpadas das paredes e o lustre, assim como o candeeiro vermelho em cima da entrada. (Aleksandr Kuprin)




O sector privado é sempre mais eficaz, mais bonito e mais justo


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Duas reportagens, uma sobre os seguros de saúde e outra sobre o ensino superior privado, que podem encontrar na edição de ontem do Público mostram-nos a eficácia do mercado e como deve estar acima de todas as coisas. Para vossa informação as citações são de perigosos esquerdidas. Só ficou a faltar um editorial de José Manuel Fernandes a tecer as habituais loas ao sector privado. Pode ser que apareça hoje (ou então não).

Mas há também outra razão de peso [para além da falta de capacidade económica de uma parte da população] para que não se verifique em Portugal uma corrida desenfreada a estes seguros de saúde: o serviço público, salvo situações pontuais, como as listas de espera para alguns intervenções cirúrgicas e a marcação de algumas consultas, presta um bom serviço. Não oferece comodidade, mas oferece segurança, disse fonte de uma seguradora. Esta fonte, que pediu para não ser identificada, defendeu mesmo que o SNS é o melhor seguro de saúde, porque não deixa de atender ninguém por causa da idade, não exclui determinado tipo de doenças, não nega tratamentos a obesos, alcoólicos ou pessoas com doenças graves, não fixa montantes máximos de gastos, como fazem as seguradoras (ver textos nestas páginas).

Umas páginas mais à frente, o elogio ao ensino superior privado, que terá perdido 29 mil alunos em nove anos. Uma prova ao menos de que em certos casos a oferta e a procura são eficazes:

Mas outros problemas afectam o sector. Tráfico de poder, de influências, de dinheiro. Instituições e cursos que abrem sem autorização e a quem o Estado acaba por ceder (ou não). Docentes que dão aulas aqui, ali e acolá. Outros que têm salários em atraso. Discussões e cisões...Esse é um dos pontos fracos que Alberto Amaral, do Centro de Investigação de Políticas do Ensino Superior e ex-reitor da Universidade do Porto, aponta ao privado: "Nunca foram projectos sólidos do ponto de vista científico e académico. São instituições familiares com quadros de docentes muito limitados, recorrendo a professores visitantes. Algumas tiveram a esperteza de incluir personalidades de relevo, uma estratégia que deu resultado na altura da expansão", argumenta.



    António Vicente

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