Ver o Jorge Coroado e o Manuel Fernandes no mesmo programa de televisão deve ser o maior pesadelo visual de qualquer cabeleireiro. Ainda assim, foi bonito ver o Manuel Fernandes dizer que os passes do Deco são como pinceladas do Picasso e que no outro dia viu seis jogos da liga inglesa de penalty sem ficar cansado e que quando foi jogar a Celtic Park levou 5. Ao lado do Manel estava o Secretário, ensalsichado dentro de uma camisa branca e de um blazer azul, espécie de uniforme do jogador cool mas que no Secretário não fica cool. O velho defesa direito do Porto, um pouco abananado com tanto teoria da bola debitada pelo Manel, o Luís e o Paulo, este sim, bastante cool, lá disse que o próximo clássico ia ser um bom jogo, ou então não, que o Porto tinha uma boa equipa e que o Sporting também e que estar vivo era o contrário de estar morto. Luisão, no outro dia, também não esteve mal. Disse à imprensa, com ar entendido, que a equipa tinha reflectido conjuntamente e o problema estava identificado: o problema não estava no ataque, não estava no meio-campo, nem estava na defesa. Sem mais. Deduz-se que a culpa é do Joaquim.