HotelLisboa

O porteiro do estabelecimento, Semion, acendera todas as lâmpadas das paredes e o lustre, assim como o candeeiro vermelho em cima da entrada. (Aleksandr Kuprin)




Ziguezagues


E-mail this post



Remember me (?)



All personal information that you provide here will be governed by the Privacy Policy of Blogger.com. More...



Apesar de mexer com temas diferentes, o tema do aborto cruza em muitas áreas com as questões ligadas ao consumo de drogas, ou de modo mais amplo, com o tema da liberdade e autodeterminação individuais. É principalmente nas posições conservadores em relação à descriminalização do aborto que uma série de contradições são evidentes. As mesmas pessoas que são eleitores e consumidores racionais deixam de ser pessoas racionais no momento em que terão que decidir fazer ou não um aborto ou dar ou não no cavalo. Isto é, eu posso escolher um Governo ou votar no referendo, mas se legalizassem a heroína, por exemplo, eu ia-me obrigatoriamente tornar um carocho. A extensão natural da ideia é que que descriminalizando o aborto vai tudo desatar a abortar e é o fim da civiluização tal qual a conhecemos. É evidente que a direita e as facções sociais mais conservadoras vão paulatinamente resolvendo estas contradições. A menorização do eleitor e uma ética de incumprimento das promessas eleitorais é visível em muitas colunas de opinião, quando respeitáveis comentadores e dirigentes partidários nos dizem, letras nos olhos, que para Governar bem é preciso ir contra a vontade dos Governados, ideia que conhece a sua máxima expressão no adágio elitista de que as eleições se ganham prometendo à esquerda e governando à direita.



    António Vicente

Entradas anteriores

Arquivo

Blogues

Sí­tios


ATOM 0.3