HotelLisboa

O porteiro do estabelecimento, Semion, acendera todas as lâmpadas das paredes e o lustre, assim como o candeeiro vermelho em cima da entrada. (Aleksandr Kuprin)




Bagão


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Bagão Félix (Católico Apostólico Romano) dizia num programa de televisão que era hoje em dia muito difícil assumir a Fé e a Crença religiosas em Portugal, num mecanismo clássico de vitimização, depois de momentos antes nos ter interrogado sobre que fenómeno poderia juntar um milhão de pessoas todas as semanas em Portugal, ou levar 500 000 a Fátima? O que nos outros, Muçulmanos, é fanatismo e atraso para nós (eles) é racionalidade. Como dizia o tipo da Opus Dei que estava presente no mesmo debate, a mortificação corporal é uma questão de escolha. Um utilitarista racional, portanto.
É à pála deste tipo de figuras e declarações que se torna complicado nos tempos que correm descortinar onde é que acaba o Portugal salazarento pobre e honrado das touradas, da religião, das mães de bragança, do respeitinho et.al e começa o moderno Portugal de Cavaco, de Fátima, de Barrancos e do Campo Pequeno, de JPP e da "vitória do XVI Governo Constitucional", isto é, o Portugal da Sociedade do Espectáculo, versão remediada.
Quando a Opus Dei vai à televisão, quando um ex-Ministro da República fala incessantemente sobre bola, código da vinci e mortificação, quando o Campo Pequeno à boleia dos novos processos capitalistas de mercantilização e insularização da cidade se converte num centro comercial e sala de espectáculos e a RTP nos oferece três horas da sua inauguração ou Fátima de torna um ritual mediático sabemos que não estamos já em pleno Salazarismo, mas também podemos desconfiar, se não formos pós-modernos, que se calhar também ainda de lá não saímos.



    António Vicente

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