HotelLisboa

O porteiro do estabelecimento, Semion, acendera todas as lâmpadas das paredes e o lustre, assim como o candeeiro vermelho em cima da entrada. (Aleksandr Kuprin)




A bandeira


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Não li artigos nem comentários sobre a "bandeira mais bonita do mundo", mas ouvi o jornalista da RTP, em directo, a falar de mulheres como quem fala de paletes de desodorizantes. Nuno Gomes lá procurou dizer que estava muito feliz por ver ali todas aquelas pessoas. Mas o jornalistas insistia com os jogadores "o que é acho destas mulheres todas aqui". Assim de repente a coisa pareceu-me degradante. As mulheres não foram convocadas para o estádio para apreciar um espectáculo. A sua aproximação ao futebol foi tristemente manipulada por um nacionalismo bacoco patrocinado por um banco privado. Os jogadores, no alto da tribuna do Estádio nacional, arquitectura made in Estado Novo, olhavam para baixo onde um grupo de mulheres à beira do histerismo berrava e cantava o hino de Portugal. O mesmo país onde 1 em 3 mulheres já foi vítima de violência doméstica e onde as mulheres continuam a ser discriminadas em múltiplas áreas da vida quotidiana.



    António Vicente

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