Tem sido aqui tema recorrente, o bode expiatório. A falta de autoridade de Peseiro para os o fracassos do Sporting. Os pretos para a violência na escolas. As putas brasileiras para as Mães de Bragança, que só por si seriam dignas de uma série inteira de postas. Os judeus para o Adolfo. O PREC para toda a história subsequente de Portugal e para os governos de direita. Enfim, a lista é infindável. O que gostaríamos de saber é se a necessidade de um bode expiatório é um universal cultural, como forma de simplificar os problemas e restaurar a paz social, tal como Evans- Pritchard o descreveu entre os Azande, ou se é típico de determinadas estruturas sociais? É condição necessária ou suficiente?
Está bem que Bush também tem o seu Bin- Laden, é verdade, mas Jorge Arbusto também não é tido como um dos mais valiosos espécimes humanos no que à racionalidade toca.