HotelLisboa

O porteiro do estabelecimento, Semion, acendera todas as lâmpadas das paredes e o lustre, assim como o candeeiro vermelho em cima da entrada. (Aleksandr Kuprin)




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Nem tudo o que se passa num campo de futebol é resultado directo dos acontecimentos que aí se desenrolam durante os noventa minutos de jogo. Fernando Santos não devia ter saído do Sporting, depois daquele jogo com o Benfica e de ter perdido o segundo lugar. Santos foi o treindador que mais pontos conquistou na história do Sporting, só não tendo ganho o campeonato porque no Porto habitava Mourinho. Porém, ao ouvi-lo nestas últimas semanas recordo-me do pior que ele tinha nos tempos do Sporting: um discurso completamente vazio. Santos é incapaz de dar uma resposta directa ou de explicar seja lá o que for. Para ele a resposta a qualquer pergunta é um simples " temos de falar nisso entre nós". Depois padece de outro problema, de que Peseiro ( Amén!) também sofria. Santos quer impor uma táctica a uma equipa mas não tem coragem de utilizar os jogadores mais adequados para o efeito, já que algumas vacas sagradas teriam que ser sacrificadas. Peseiro no Sporting só acertou com o meio-campo em rombo depois de ter experimentado um 4x3x3 e até um 5x3x2. Na época seguinte e já sem os artistas do meio-campo voltou a ensaiar o esquema anterior; com resultados trágicos. Só acertou quando a isso foi obrigado. Santos no Benfica tem o mesmo problema. Quer adaptar a equipa à sua táctica, em vez de adaptar o seu modelo de jogo aos artistas de que dispõe. Quando o Benfica saiu do losângulo as coisas começaram a correr melhor, mas entretanto Santos insiste. O problema é que o losângulo não suporta em simultâneo um Petit e um Katsouranis, e um Simão, que rende essencialmente nas alas, perde no centro do terreno algum do sentido da sua existência. Logo, para alimentar os avançados sobra o Nuno Assis e ocasionalmente os laterais. Ou Santos tem a coragem de deixar alguns jogadores no banco para implementar o losângulo ou altera a táctica. Se não sujeita-se a dia 2 de Dezembro estar no desemprego, caso as coisas não corram de feição com o Copenhaga e o Sporting.



    António Vicente

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