HotelLisboa

O porteiro do estabelecimento, Semion, acendera todas as lâmpadas das paredes e o lustre, assim como o candeeiro vermelho em cima da entrada. (Aleksandr Kuprin)




Festival do táxi


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Fim de noite, há cinco minutos no táxi. Antena 1 no rescaldo do Benfica-Naval, Camachito acaba de falar e eu a querer perceber da gravidade da lesão do Petit. No momento em que íamos saber se era apenas mais uma "piquena ruptura na birilha", o homem do volante muda de estação. Rádio Capital, um pop a fugir para o disco-sound a cheirar a fins de setenta e princípios de oitenta. Já a coisa ia na segunda passagem pelo refrão e o motorista começa a bater com a mão no volante e a repetir "de onde é que eu conheço esta música?". Grande expectativa dentro do táxi, o tipo a coçar a cabeça e, por fim, lá se recordou, "era a música do atendedor de chamadas do telemóvel da gaja". Isto é, não da gaja mas de uma gaja. "Andei com ela uns tempos, conhecemo-nos num bar e saíamos de vez em quando". A partir de certa altura, continuou, deixou de me atender o telefone, sempre que telefonava a chamada ia para o atendedor de chamada. Ouvi dezenas de vezes esta música. "Passado algum tempo voltei a ligar-lhe e lá atendeu o telefone. Perguntei-lhe se queria ir à praia. Ela respondeu se e eu achava que com o que corpo que tinha estava em condições de ir à praia. Tinha tendência para engordar, estava gordíssima.



    António Vicente

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