Pelos lados do Monsanto, onde a Embaixada de Angola montou um ecrã gigante para o pessoal lá da banda poder ver Zé Calanga e sus muchachos as celebrações da africanidade, bateram na barra. Nada de especial a relatar. O pessoal foi ver a bola e estava contente por Angola lá estar. A derota foi encarda com naturalidade. Num registo typical a única nota mais saliente foi o kuduro que rapidamente transformou o estádio improvisado numa rave quase ilícita com os sons da urbanidade atlântica- podia ser Luanda, podia ser o Rio de Janeiro, era Lisboa- e a conspícua vontade dos organizadores em simultaneamente darem uma paleta civilizada, de modo a fazerem esquecer os acontecimentos de Alvalade. Com o país de férias a festa continua. Hoje o povo de Lisboa levanta-se em copos e reclama para si as ruas, sem a frouxidão bacoca dos ritos nacionalistas.
Como dizia o hino do kuduro que levava a multidão ao delírio "Ou me matam ou quê?".