HotelLisboa

O porteiro do estabelecimento, Semion, acendera todas as lâmpadas das paredes e o lustre, assim como o candeeiro vermelho em cima da entrada. (Aleksandr Kuprin)




não podia estar mais de acordo


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O Brasil é um mito do futebol contemporâneo e ainda anda a recolher os louros de 1982. Apesar de os jogadores brasileiros serem do melhor que por aí anda - em todos dos géneros, desde o génio da área, até ao artista de circo passando pelo médio cerebral ou pelo defesa trauliteiro, sim esta é para ti Luisão - para o campeonato brasileiro não há muita paciência. Para a selecção muito menos. Por stes dias é quase uma obrigação torcer pelo Brasil considerado pela Noke como o último baluarte do futebol espectáculo e impingido como tal a todo um planeta.Na minha curta existência devo admitir que não me lembro de ver o Brasil a fazer um grande jogo. Em 1986 só tive olhos para vocês sabem quem. Em 90 o Careca e mais um ou outro não chegavam. De 94 lembro-me da Bulgária, da Nigéria, de vocês sabem quem, e de um fabuloso Argentina- Roménia, que na altura tinha uma equipa magnifíca. Em 98 desconfio que o Brasil poderá ter feito bons jogos. Não me lembro da maior parte desse ano, e por maioria de razão também me falha o Mundial. Em 2002 foi uma miséria, uma vergonha, um asco e outras coisas que o meu parco vocabulário não me deixa exprimir. Um nojo resumidamente Este ano com a constelação de estrelas a brilhar mais do que nunca, o futebol anda desaparecido no coração da noite, para não dizer das trevas. Sobra a Copa América, mas contra o Chile de Tello é mais fácil jogar bem. Por isso não vale. O Brasil é por isso uma ofensa a todos os amantes de futebol. O Brasil é o "tou-me a cagar para esta merda" do Riquelme, respeitável, misturado com o pior do "pera aí que já vais ver" dos italianos, sem porém. ao contrário do que sucede com qualquer um dos casos acima mencionados, ser um futebol para si. O futebol do Brasil neste Mundial é um futebol em si que não chega a ganhar qualquer consciência de si mesmo.
É uma pena, para mais, que pelo menos um dos baluartes do futebol tédio das últimas duas décadas já tenha um lugar garantido na final. Resta-nos a esperança que Portugal e França possam alegrar os dias de Mundial que restam.



    António Vicente

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